Numa tarde bem tristonha Gado muge sem parar lamentando seu vaqueiro Que não vem mais aboiar Não vem mais aboiar, tão dolente a cantar Tengo lengo tengo lengo tengo ê gado ô Bom vaqueiro nordestino Morre sem deixar tostão O seu nome é esquecido nas quebradas do sertão Nunca mais ouvirão seu cantar meu irmão Tengo, lengo tengo lengo ê gado ô Sacudido numa cova Desprezado do senhor Só lembrado do cachorro que ainda chora a sua dor É demais tanta dor, a chorar com amor Tengo lengo tengo lengo ê gado ô