Daniel Barthes

Arco-íris de Fogo

Daniel Barthes


Uma balada de amor
P'rá compor
Aquela antiga emoção
Para qualquer canto aonde eu for
Sempre a tua pele e o teu sabor
Eterna tentação
Doce condenação
Teus lábios,colados aos meus,
Sem nunca conseguir dizer adeus....

Há um velho relógio,há um velho relógio
Há  um  velho relógio de batidas suaves,
Onde voam as aves quando bate o sino,
Ali vou eu menino,franzino,na torre da igreja,
Seguindo com o vento do meu destino,
Vendo ao longe cavalos negros;
Levantando poeira,num desassossego na tarde ligeira,
Com seus românticos segredos,
Lá no fundo,no cru horizonte,todo o aço do mundo
Lembrança mais antiga,lonjura da maior fadiga,
Dali,ainda hoje,vem você comigo,de mãos dadas,
De mãos dadas,meu melhor castigo,primeira namorada,
Aonde tudo é aflição,tudo é risada,
Primeira mordida na madrugada,com os seus lábios delicados e firmes
Sem nunca pedir-me,luas ou estrelas,
Seria um crime ainda que sublime,apenas comê-la....

Luzes e sombras do amor
E o que for
Magia e pura ilusão
Que venha cruel,como a luz do céu
Me invada com o seu fel e o seu mel,
Acenda outra manhã,
Mordo a tua maçã,
Me aqueça e enterneça meu coração
Todos os acertos do sim e do não,
Luzes e sombras................
Uma balada...............................