Dalva de Oliveira

Confissão

Dalva de Oliveira


Foi consciente, que eu perdi
O teu amor
Se assim fiz foi pra salvar-te
Tu me odeias e infeliz
Eu me escondo pra chorar-te
A lembrança que terás de mim
Será um suplício

Me verás sempre a te maltratar
Cruel demais
E não compreenderás
O sacrifício
Com que perdi, enfim
Teu grande amor

Azar, vida minha, eu fracassei
E na descida
Sozinho me arrastei
Por adorar-te tanto
Tanto, me afastei
Para salvar-te
Odiado, me tornei

Hoje após um ano atroz
Te vi passar
Me mordi para não chamar-te

Ias linda mais que o Sol
E paravam pra olhar-te
Eu não sei que quem te traz assim
Se te merece

Mas eu sei que o que me vem é cruel
Eu te livrei, e me consola
Ao ver-te, qual rainha
Que vives bem melhor
Longe de mim