Quando passo aquela rua ainda vejo Aquela casa que já foi o nosso lar Meus pobres olhos enchem d’águas porque vejo Aquela ingrata naquele mesmo bar E os boêmios ao redor de sua mesa Seu copo cheio ela então vive a brindar Mas sem saber que o ponteiro de um relógio Marcava a hora dos boêmios a retirar O galo canta anunciando a madrugada E os boêmios dão as suas despedida E ela então fica sozinha em sua mesa E no seu copo só há resto de bebida Triste chorando ela vai para o seu quarto Olhar no espelho maldizendo a própria vida Vendo em seu rosto a mancha do desprezo Tendo o castigo pelas faltas cometida E no seu leito procurando me esquecer Mas a saudade vem trazer recordação Vendo em seu dedo sua aliança sagrada E no seu aro uma simples gravação É o meu nome que lá tem por testemunha Marcando a data feliz da nossa união Mas o destino preparou o seu caminho Hoje na lama ela implora o meu perdão E desse jeito segue aquela aventureira Num ambiente de amargura e dissabor Em suas faces tem o início de velhice E seus cabelos estão mudando de cor Ela bem sabe que eu sou muito feliz Desse motivo faz crescer a sua dor Eu poderei dar a ela meu perdão Mas porém não posso dar o meu amor