Meu Deus, vem ver, benzer, orar. Criança é jogada no rio, na rua, no frio, no lixo pra rato se alimentar. Meu Deus, vem ver, benzer, orar. Correndo, salva a nossa raça antes que a desgraça enraíze na praça até fossilizar. Parece um bicho, um verme que o olho não percebe, mas é monstruoso o que aí está. No meio de terras tão férteis onde tudo cresce a fome e a miséria não dá pra explicar. Brasil, meu Brasil, de flagelados, famintos e um céu azul a testemunhar. Brasil, meu Brasil de samba, baiana e Caymmi... Como é que eu devo então rimar? Meu Deus, vem ver!