Pela calada da noite À janela te esperava Noite triste, fria e escura Só a Lua é que me olhava Mas não vieste As horas passaram doloridas Na minh’alma nasceram feridas E a manhã chegou tão agreste O dia Trouxe apenas uma luz pobre e vazia E um tempo que insistia em não passar Só por eu não te abraçar Os dias Que hoje vivo sem antigas fantasias Acalmaram porque já não penso em ti Tu não estás mas eu Estou aqui Já não choro, já não sinto A frieza no meu peito Dessa noite triste e fria Nada guardo, tudo rejeito Esse passado Deixei-o num canto bem escuro Eu só quero ver o futuro Ir Ir com ele de braço dado