E chega o fim do expediente volto pra casa cansado Mais não o suficiente por que na patroa faço uns agrados Ela me espera paciente e faz todo serviço de casa Faz a comida passa e lava roupa a verdadeira dona de casa Quando chego cevado e pronto pra servir já ta o chimarrão A Chaleira chia com a brasa do angico em cima do fogão Chego e chamo as crianças elas vem logo do lado E perto do fogão pra espantar o frio que faz o inverno gelado Pergunto como foi na escola o que a professora lecionou E começam contar detalhes de todo o que passou Pego o violão e começo a cantar algumas melodias Que aprendi no tempo de infância na cidade onde vivia Que saudade que tenho do passado quando morava na fazenda Tantas coisas tem passado mas agente ainda lembra Quando éramos guri íamos jogar bola no potreiro campo improvisado Hoje em dia e rosa de um do maior fazendeiro Tivemos uma infância feliz de pegar laranja E bergamota do PE pra comer e saciar a fome Que dava depois de correr Quando começo a pensar como o tempo passa ligeiro as crianças Já estão crescidas meu cabelo banco sem exagero Parece o tempo nos engana quando vê já se passou Mas eu não tenho do reclamar tudo Que a vida me proporcionou E ponho um instante a pensar coloco meus pés no chão E começo a refletir o que vida deu pra mim qual a lição