Eu à margem do tempo , eu redoma, eu escudo Quase longe, quase monge, quase mudo Quase autista, sem ação, sem assunto Eu e meu violão buscando abrigo na canção Eu de óculos escuros, eu à espreita, eu à espera Eu de costas pro mundo , eu nas frestas Eu nos becos, eu de preto, eu de pedra Eu e meu violão, cego cantando no sertão Pra onde vou ? Por onde não? por aí , eu e eu , eu e meu violão.... Eu me impondo critérios, eu me pondo na linha Eu sem fada-madrinha, eu na minha Eu sem fama, eu sem grana, eu sem drama Eu e meu violão, anjo-da-guarda da ilusão Eu cantando no banheiro, eu entrando em seu ouvido Sobre p tapete mágico da música Eu com asas, eu na lua, eu na sua Eu e meu violão criando a trilha da paixão