Trago a elegância de quem carrega um dor Junto à petulância de quem dispensa o senhor Me dá licença tenho mais o que fazer Procure um parecido que aceite seu proceder Prefiro cantarolar no meu mundo paralelo Aonde o vento é brisa e o trato bem mais singelo Amarelo seu sorriso, com a franqueza da resposta Maldito sim senhor, melhor rever sua proposta O diabo disfarçado reina em nome da fé Com parábolas modernas confundindo São Thomés Aceita que dói menos, agora o momento é mágico A poesia é linda, prevendo um futuro trágico Tô nem aí com o seu problema Sua verdade é burra, bendito seja o dilema Eu não vou fazer o que você quer E nem viverei como você diz Duvidar me faz eterno aprendiz Outro dia vem pra nascer feliz Eu só pergunto, já que a resposta paralisa Limita e aliena, controla e hipnotiza Pergunta gera pergunta, se não, não adianta nada Não vale o tempo perdido, a lagrima chorada Verdades empacotadas, estão em qualquer esquina Antigas, emboloradas, cheirando naftalina Seguimos reagindo, entre a fera e a presa Queimando suas certezas em legítima defesa E tudo segue intacto Com pedras no espírito e cactos nos sapatos Do lado do que é raso, longe do fundamental Acreditando na bondade de quem representa o mal To nem ai pro seu problema Sua verdade é burra, bendito seja o dilema