Caminhando entre pinheiros e choupos; Me faz sentir melhor; Seus bulícios sussurram em meu peito; Que está tudo bem agora. Os raios de luz se esquivam dos troncos; O cheiro doce da selva me anima; Cada gota de orvalho do amanhecer; Refrata uma centelha do Sol. Um leve som do despertar, meus passos sobre os galhos e as folhas; Misturado com um suave silêncio. Poucos animais, por dentre os cantos me observam. Estou sozinho, mas estou bem. Se isto for uma ilusão, eu não anseio acordar; Não estar perdido no lugar, onde jamais olhei o chão; Não ter frio, dor, ou solidão, mesmo sem ter quem abraçar; Não ser alcançado pela escuridão, mesmo assim ter o luar... O ar em movimento me traz um canto celta; Que me guia e eu paro de andar; Que me faz ver e eu fecho meus olhos; Que me tira o ar e eu respiro profundo; Que me faz sentir e eu não me sinto mais...