Cordel Encantado (novela)

Minha Princesa Cordel

Cordel Encantado (novela)


Minha princesa
Quanta beleza coube a ti
Minha princesa
Quanta tristeza coube a mim

Na profundeza
O amor cavou
O amor furou fundo no chão
No coração do meu sertão
No meu torrão Natal

Meu berço natural
Meu ponto cardeal
Meu açúcar, meu sal

Oh! Meu guerreiro
O teu braseiro me queimou
Oh! Meu guerreiro
Meu travesseiro é teu amor

Meu cangaceiro
Que me pegou, me carregou
Que me plantou no seu quintal
Me devolveu minha casa real

Minha alma original
Meu vaso de cristal
E o meu ponto final

Nossos destinos
Desde meninos dão-se as mãos
Nossos destinos
De pequeninos eram irmãos

E os desatinos
Também tivemos que vivê-los bem juntinhos
E os caminhos
Nos trouxeram para este lugar

Aqui vamos ficar
Amar, viver, lutar
Até tudo acabar