Ele não sabe, não entende, não distingue e não crê Atravessa a rua ao ignorar, fingir que não te vê E ignora como esmola, a promessa, o dever Que é de usufruto, só que não para você Ela ameaça, extravasa, não enxerga posição Se é o rico ou pobre, não importa Se é o errado ou a razão E te engole a qualquer hora para não ter que digerir A incoerência que está sempre por aqui Ele não sabe, não entende, não distingue e não crê Ela ameaça, extravasa, não enxerga posição E ignora como esmola, a promessa, o dever Que é de usufruto, só que não para você Eles te julgam, te condenam, executam seu querer Se absolvem, santificam, cada ato é por você Que pede esmola a qualquer hora, enquanto tenta digerir O gosto amargo que eles nunca vão sentir Agradeço: Os fogos no ano novo, ao enfeitar o céu Agradeço: A oportunidade, por me dar um papel Agradeço: Por cometer o crime, e me tornar o réu Agradeço: O entretenimento ser o meu troféu Agradeço: Pela preocupação, por me deixar ao léu Agradeço: Que todo o território seja seu bordel