Nenhum de nós é filho de chocadeira Todos nós tivemos como primeira morada O ventre materno E de lá quando saímos para esse mundo E cortam o nosso cordão umbilical Separam os nossos corpos, mas as nossas almas não Essas continuam unidas e ligadas para todo o sempre Vocês vão se encontrar de alguma forma Em algum pedaço Em algum verso deste poema Rany Money: Enquanto uns lutam pra sair de casa, eu tô naquela Lutando pra ter o poder de dar uma moral nela (É nóis) Tamo junto mermo, na trela Uma mansão de patrão num barraco lá na favela (Eu me lembro) Me lembro quando fiz cara feia Porque em mais um natal eu só ia ganhar meia (Tu me disse) Tu me disse: pensa um pouco e respeita Imagina você sem ceia Em vez dessa mesa cheia Desculpa ter te dado preocupação Tava zuando, atrás de mais diversão Me desculpa se um dia eu espancar na rua Um filho da Que me chama de filho da Me desculpa, mãe Eu sei, não sou perfeito Desculpa ter ficado desse jeito Sempre vou guardar esse amor no lado esquerdo do peito Graças a você hoje eu sou um homem feito Maomé: Minha já me puniu, e até já me expulsou de casa Não me levou pra Disney, praia rasa ou barra brasa Me deu uma bicicleta, um Nintendo e um computador Dinheiro me deu pouco, mas me deu muito amor Gastou o que não podia pra assistir eu virar doutor Desculpa, mãe, eu não entendi o professor Porém, do que entendi foi sua real necessidade De assistir seu filho louco hoje ser um homem de verdade Eu queria dar uma rosa, improvisar uma prosa Pra coroa mais bonita, elegante e charmosa Mesmo sendo ela dona da comida mais gostosa Sempre que eu faço besteira ela ainda fica furiosa Desculpa, mãe, por cada situação Ana Maria é o nome do meu coração Eu sou filho de uma heroína, guerreira e trabalhadora Ainda te boto num castelo e aposento a tua vassoura Ari: Por ter me feito quem eu sou E sem você eu não sou metade Independente de onde eu vou O sentimento é de verdade Ela me fez nascer, me viu chorar Me fez crescer, me deu um lar Quero que saiba que sempre estive ao seu lado Mesmo errado eu nunca fui mal criado Cert: Lembro do tempo tenso que sempre ficou do lado Única visita minha que tinha quando internado Fim de semana te vi Feliz, dividi um quarto Momento bom o de hoje quando penso no passado Eu sei que é forte, mãe, a nossa história sim Merece até Champagne, porque tem glória no fim Hoje tá bom e você pode até dizer O filho que bateu no chão, traz orgulho pra você Então eu canto pra dizer o quanto te amo Minha mãe, pra você meu coração tô lhe entregando Ele tem mais poder contigo Me protege do perigo que fico Se rico um dia, te trago o merecido O mundo inteiro não se compra com dinheiro Mas um terreno maneiro, de presente de um herdeiro Quando eu tava preso, segurou primeiro Minha vida Quando eu tiver no topo você estará acima Batoré: Minha coroa, minha rainha Eu sempre vou tá contigo Papai saiu de casa, só você ficou comigo Foi guerreira, quase ninja Sozinha com 5 filhos Domingo era maneiro porque eu sei que tinha Sucrilhos Quando Bruno morreu minha casa ficou de luto Voltava de madrugada Foda-se, eu tava puto (Caralho) Quem esconde um sentimento, por dentro tá tendo um surto Mãe, deixa eu dormir mais 10 minutos Porque o tempo tá passando e a gente já passou por tudo Você é a minha proteção, a minha espada, o meu escudo Ainda vou te dar uma casa pra você fazer uma festa Calar a boca das velhas que falava: ele não presta Não acredito em superstição, mas sempre desvirei o chinelo Você me criou também com todo seu amor materno Sua energia contagia igual magia, tão agradável Eu juro que hoje em dia Rafael tá responsável Rany money: Essa é pra minha mãe, minha mãe E essa é pra minha mãe, minha mãe E essa é pra minha mãe, minha mãe E essa essa é pra minha mãe, minha mãe E essa essa é pra minha mamamamamãe E essa essa é pra minha mamamamamãe E essa essa é pra minha mamamamamãe E essa essa é pra minha mamamamamãe Não foi o tempo que tornou cinzentos os teus cabelos Muito, muito além do tempo Ainda posso vê-los como sempre foram Não foi o tempo que te fez madura Ainda te vejo na infantil procura a esperar por mim, tu Muito jovem, a imitar senhoras Cada segundo parecendo horas Não, não foi o tempo que te fez assim, foi o vento O sopro de Deus, o eterno momento Sim, foi ele que te fez assim