Concreto

O mal às vezes sorri

Concreto


Um dia um homem
Entrou numa igreja
e pediu perdão

O vendedor
Falou que não tinha
E o mundo acabou

Quase sempre
Nos seus olhos
Via-se algo de bom
Quanto custa entrar no céu?
Eu vi na televisão

O mal às vezes canta e sorri
O mal às vezes canta no altar

Mesmo caído
Tombado pela fé
O homem insistia orando
O mal às vezes canta e sorri

De um tempo
Veio alguém
Fez e de uma só vez
Surgiu um grão que correu
E voou de encontro ao seu deus