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O leste

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O céu da ambigüidade
Com suas nuvens de algodão
Estancam o ferimento
Dentro do meu coração

E eu nunca entendo porque tem que ser assim
As coisas do inicio que eu só conheço no fim

E a terra onde eu piso
Não existe pra pisar
Na lasca desse fogo
Eu vou ter que me espetar

Eu que sempre andava com minhas convicções
Vou ter que desligar as velhas conexões

Queria ser você e não me prender
Queria algo a mais, mas não sou capaz
De dar pra você algo de valor
De dar pra você o que eu quero ter

Os feixes de razão
Me permitem alertar
Que por esse caminho
Não tem como retornar

E as novas feridas não dão mais pra estancar
E o suco dessa fruta é impossível recusar

E eu que já fui forte
Não consigo levantar
Eu até já fui fraco
Não consigo fraquejar

E eu que já fui vivo não consigo respirar
E eu que antes gritava não consigo mais falar

Queria ser você e não me prender
Queria algo a mais, mas não sou capaz
De dar pra você algo de valor
De dar pra você o que eu quero ter