Milonga por falquejada C’este cheiro de galpão Que se arranca do violão Pensa que é dona da sala Vai se jujando com a sala Pelo chergão e maneia E quem sabe cabresteia Depois da primeira esfrega Mas senta forte se nega Se manda macega a fora Despedaçando as esporas Com a alma e a rima se entrega Milonga véia aporreada Fez sua morada na cinchas E por vezes sai da guincha Da morena apaixonada Anda campeando na estrada Algum assovio clarim Volteando ao redor de mim Pra amadrinhar algum verso Faz parte desse universo De campo, estrada e galpão Palanqueada no violão Amigo com quem converso No canto de um índio quebra Toda milonga tem cara De campo, estrada e galpão Quando a vida se escancara Milonga véia aporreada Fez sua morada na cinchas E por vezes sai das guinchas Da morena apaixonada Anda campeando na estrada Algum assovio clarim Volteando ao redor de mim Pra amadrinhar algum verso Faz parte desse universo De campo estrada e galpão Palanqueada no violão Amigo com quem converso No canto de um índio quebra Toda milonga tem cara De campo, estrada e galpão Quando a vida se escancara