Barracão é seu, vou desocupar Coração é meu, vou desabafar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Barracão é seu Eu vou desocupar Quero mostrar a senhora Que eu tenho onde morar Se o barracão é seu Pode ir fingida mulher Tens o coração de anjo As feições de Lúcifer Barracão! Barracão é seu, vou desocupar Coração é meu, vou desabafar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Uma dúzia de mulheres Eu queria governar Três Odetes, três Marias Três Judites, três Guiomar Eu queria ser balaio Da colheita do café Para andar dependurado Na cintura da mulher Barracão! Barracão é seu, vou desocupar Coração é meu, vou desabafar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Lá vem a morte pescando De caniço e samburá Quando a morte pesca peixe Que fome não há por lá Ao cantar este samba Me lembro do Maestro Fon-Fon Gravando na Companhia Odeon Barracão! Barracão é seu, vou desocupar Coração é meu, vou desabafar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Não quero mais teu amor Nem tampouco teus carinhos Prefiro viver nas matas Como vivem os passarinhos Vai-te embora enganadeira Não me venhas enganar Não nem venha dar o papo Que me deu a Guiomar Barracão! Barracão é seu, vou desocupar Coração é meu, vou desabafar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Estrela do céu que brilha No azul do firmamento O nome daquele ingrato Não me sai do pensamento Da Bahia me mandaram Um presente num balaio Era um corpo de gente Cabeça de papagaio Barracão é seu, vou desocupar Coração é meu, vou desabafar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Eu queria ser balaio Balaio eu queria ser Para andar dependurado Nas cadeiras de você Eu sou o João da Gente Não nego meu natural Eu defendo a Portela No dia de Carnaval Barracão! Barracão é seu, vou desocupar Coração é meu, vou desabafar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Sou a mana Clementina Conhecida devagar Oi, lá em Mangueira Todo mundo quer saudar-me Quem não pode, não intima Deixa quem pode intimar Quem não pode na carreira Vai andando devagar Barracão! Barracão é seu, vou desocupar Coração é meu, vou desabafar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Minha mãe me botou fora Foi no tempo da miséria Tinha eu quatorze anos Veja que tamanho eu era De Mangueira, vem Cartola Do Estácio, Ismael Da Portela vinha o Paulo Que era o nosso Deus no céu Barracão! Barracão é seu, vou desocupar Coração é meu, vou desabafar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar Me dá meu violão que eu vou me embora Quero mostrar a senhora que eu tenho aonde morar