Do que mais eu gosto quando rompe a madrugada É avistar a serrania e as campinas orvalhadas Ao longe o cantar dum galo zumbindo pelas quebradas E um sabiá manhoso cantando na alvorada Do que mais eu gosto é ir no mato buscar As tóra de cabreúva, peroba e jacarandá Com quatro junta de boi gritando pra lá e pra cá Rompendo de morro acima pra ver o carro cantar Do que mais eu gosto é iscar meu anzolzinho Sentado à beira do rio e jogando farelinho Venha, venha lambari, salta, salta douradinho Vou fisgando com prazer tirando devagarinho Do que mais eu gosto quando vem a noitinha É ver a lua prateada… rodeada de estrelinha E em quanto aqui da porta desta velha paiocinha Vou pitando um cigarro relembrando a vida minha Do que mais eu gosto por tudo que já passou Por tudo que eu já contei uma coisa inda restou É abraçar com carinho o meu pinho gemedor Prá chorar toda a sodade da ingrata que me deixou