Quando estou no escuro do quarto, Num instante imagino um vazio As paredes revelam o passado Eu não fujo a um desafio Surgem coisas, fantasmas Que o tempo até hoje tentam conquistar, Mas sou forte, meu deserto é frio, Minhas muralhas não vão derrubar, Não vão derrubar, Sou meu próprio abrigo Eu cruzei o meu próprio destino, Entre pedras, poeiras e espinhos Não me entrego e não viro as costas, Na verdade sou livre assim Sem as grades sou fruto do vento, Que o passado tratou de enterrar Não me abalo e sigo tranquilo, Minhas muralhas não vão derrubar, Sou meu próprio abrigo... É, eu cheguei pode crer, É minha vez e ninguém vai me derrubar não, Muito tempo eu levei pra perceber; Que a minha hora é agora camarada; Tô de cabeça erguida, minha fé me guia, Sigo em frente, a minha mente Anda sempre plugada E dessa vez não vão derrubar, Não vão derrubar Sou meu próprio abrigo