Subiu na laje Empinou a pipa O sol batia forte lá em belford roxo O chão da laje é feito de cimento Mas só queima o pé de menino frouxo E marco aurélio nasceu no subúrbio Desde moleque ele é bicho solto Atarracado, leonino brabo, Nasceu ao meio-dia, 14 de agosto Com 15 anos foi morar em copa E se mudou muito a contragosto O pai então lhe deu uma “motoca” Com que ele ia para belford roxo Mas logo, logo, descobriu a área Virou boyzinho lá da santa clara Passava a noite lá na prado júnior Comia puta no meio do túnel De madrugada ele roubava teipe Pra tirar marra lá no tabajara! E marco aurélio adorava enfeite Usava quatro anéis e um colar de palha Até que um dia ele rodou com os hômi E foi parar na décima oitava E o pai do marco teve que dar grana Senão da cana ele não escapava E como marco era “di maior” O pai pôs ele no caixa de um banco Desde então marco só anda só Ficou até com fama de menino santo Até que um dia conheceu uma menina Pensou que era sua Se jogou no vento... Mas ela, como todas nessa idade Disse: “marco, tô confusa, vamos dar um tempo!” E marco aurélio ficou revoltado E começou a cheirar cocaína E se perguntam o porquê dessa vida Marco só mostra a foto da menina Hoje marco anda por Copacabana Quem olha pra esse homem não diz que um dia Ele já foi um garoto saudável Pelas ruas da baixada todo dia corria Pra molecada da rua do marco Dizem que a droga acabou com sua raça Mas a galera que é amiga do marco Sabe que foi uma mulher A sua desgraça