Tantos mistérios Me embrenho nas matas Entre os cocais ouço assobiar Os passarinhos, Caiporas danadas Pé de Garrafa e Haja Pau a piar Entre as folhagens dos babaçuais Revoam tucanos e o pica-pau Roda o Saci em seu redemoinho Vem trazendo o verde o Mestre Folharal Mata de cocais, belezas, encanto E fartura nos traz Mata de cocais, recanto divino De magia e paz Mata de cocais, belezas, encanto E fartura nos traz Mata de cocais, recanto divino De magia e paz Da Carnaúba serena e forte Retiro as palhas e os favos de mel Curo as feridas, recupero a sorte Palmeira da vida, amiga fiel Nos buritizais, onde reina abundância Dos mananciais de Mães d'águas, Caboclos Protegem seu reino da ira e ganância Após as queimadas, ressurgem seus brotos Mata de cocais, belezas, encanto E fartura nos traz Mata de cocais, recanto divino De magia e paz Mata de cocais, belezas, encanto E fartura nos traz Mata de cocais, recanto divino De magia e paz Resistente e bravo é o povo daqui Tocantins, Ceará, Maranhão, Piauí A catar coquinhos, as bravas guerreiras Desbravando as matas, serras e ladeiras As onças pintadas, panteras selvagens Cobras encantadas, como o Boitatá Assombram as noites, nas matas, visagens Em solo sagrado que se deve honrar Mata de cocais, belezas, encanto E fartura nos traz Mata de cocais, recanto divino De magia e paz Mata de cocais, belezas, encanto E fartura nos traz Mata de cocais, recanto divino De magia e paz