Vai chegar o dia em que estálida Vai voltar às ruas que deixamos Ela era gris e eu era inferno Vai deitar à luz que nos cegará Destoar o timbre que envenena Rodear a luz que nos queima Filho do caos Vem rugir ufano Volta à sombra proclamar a estreia da solidão Caminhando sobre ovos crus Vai saber o mínimo e o êxtase Permear as cores e os nomes Que não mais existem em palavras Vai roubar das árvores e de viés Faz da dor tão curta quanto o amor Que incerto há não mais sentimos Filho do caos, vem ver Vem alimentar minhas percepções tão rasas Filho do caos que escreve segredos falsos Vem sabotar meu sopro E saquear meu ouro E desbotar minha alma Se configuram tristes os sonhos que não temos mais