Em nossas mãos Estão todos os berimbaus Nas nossas mãos o caminho do bem e o mal As mãos que se retraem e se entregam Dando carinho ou se estendo em vão Nas nossas mãos se preciso carregam pedras E até descasam quando calejadas Procuram seus anéis Mãos que balançam berços E batucam os tan tans Mãos que remarcam preços sem pensar no amanhã Mãos que nunca se abrem reneganando a ralé Mãos que não tomam jeito E reman contra a maré