Cigano e Brejão

Berrante de Madalena

Cigano e Brejão


Comprei uma boiada brava
E vim trazendo do chão de Goiás
Depois de atravessar a fronteira
Do rico estado de Minas Gerais

A boiada estourou
No pé da grande Serra dos Cristais
Lutei bastante quase o dia inteiro
Mas a boiada esparramava mais
Morreram cinco dos meus companheiros
Fiquei sozinho com o capataz

Meu companheiro me falou chorando
Espere Deus, o nosso Salvador
Olhei pro céu e avistei baixando
Um misterioso disco voador

Saltou por terra moça boiadeira
E o seu berrante mudava de cor
Falou contente com um lindo sorriso
Pra te salvar aqui hoje eu estou
Eu vim do céu pra salvar a boiada
E o seu berrante ela repicou

Com o repique do seu berrante
Logo a boiada foi se aglomerando
Os companheiros que tinham morrido
Naquele instante eu vi ressuscitando
Foi o milagre desta boiadeira
Que para o céu foi se levitando
Seu rosto lindo era o de Madalena
E as minhas penas ela foi perdoando
Caí de joelhos com o rosto em terra
E de contente eu solucei chorando

Quando a boiada entreguei em Barretos
Foi três mil bois contados na chegada
Foi o milagre de Madalena
A boiadeira que eu vi lá na estrada

No outro dia eu fui acordando
Pois foi em sonho a grande jornada
Por isso mesmo eu creio em Madalena
A pecadora foi santificada
E será sempre minha protetora
Porque minha alma já sente amparada

Cookie Consent

This website uses cookies or similar technologies, to enhance your browsing experience and provide personalized recommendations. By continuing to use our website, you agree to our Privacy Policy