Cara, quando eu fico cara a cara com a realidade já sei porque fico de cara A minha sede é de Nordeste Meu orgulho é de um caiapó Que foi pra Brasília falar com o presidente Todo sorridente e limpo de coração Pois era dia de festa, então Tomou pela testa, caiu pelo chão Junto dele havia outros irmãos Sem convites, sem terra, sem pão, oh! Salários de merde Migalhas aos porcos, barrados no baile E mais uma veiz o preto apanhou E mais uma veiz um Indio chorou