Há muito tempo o caos está aí No ar o silêncio As paredes querem se ouvir E no deserto da solidão Me faz sentir Que as lágrimas e o medo Trouxeram-me até aqui No céu quatrocentos e cinquenta graus De puro ódio E no olhar aquele algoz sem direção E nessa câmara o tempo que eu tenho pra você Já não faz parte mais do que eu sempre quis ser São corpos lado a lado sem razão São vias opostas da mesma mão No céu quatrocentos e cinquenta graus De puro ódio E no olhar aquele algoz sem direção