É noite! Os ventos açoitam Maria Oh, não é mais noite! Nem noite, nem dia A dor do parto num grito estremece Veio às trevas o filho de Maria Sem paz, sem prece Estanca-se o sangue, o amor irradia O amor de mãe que jorra de Maria Uivos de cães famintos a lhes rondar Bem sabe ela É o cheiro do sangue no chão a exalar Tanto frio faz! E o filho de Maria, sem manto, sem lar, sem pai, sem dia E os cães famintos ainda estão a rondar Os ventos sussurram Maria, não temas, o dia logo virá, logo virá E então verás que pros dois há um lugar ao Sol Oh! Maria, virá, virá o Sol Oh! Maria, vês, já é o Sol!