Meu canto não tem fronteiras O mundo é minha morada Já não importa o sotaque que me espera no fim da estrada Eu sou do sul e do norte Do ocidente, do oriente Não tenho visto nem passaporte Eu sou a escrava vendida Eu sou a índia caçada Eu sou os desesperados ao ver a casa debaixo d'água O rio doce é meu leito Enquanto as águas não forem claras Eu não dou por satisfeito Liberdade Para pensar os rumos do mundo Paciência Pra junto poder navegar Amizade Pra ver o que é mais profundo E coragem Pra fazer o mundo mudar