Aqui dentro do fado é que te encontro Como asa ou lamina cortante Enquanto te construo debruçado Ao som desta guitarra vou cantado Aqui dentro do fado há a memória Das aves que partiram ou tombaram Ou um punhal no corpo derramado Ou a saudade de todos que ficaram Aqui dentro do fado ardem os dias E as noites, com seus fantasmas de vento A lama que trazemos do passado A chuva que nos rói como alimento Aqui dentro do fado há um rio solto Que por dentro de mim finge que corre No beijo que te dou estou adiado E o meu amor por ti, meu amor morre