Chão Vermelho

Dia a Dia, Noite a Noite

Chão Vermelho


Peço a ti quando eu então for cercado
Por mil demônios que querem ver o meu fim
Quando eu estiver desfalecido no ar
Tu ponhas tua mão sobre mim
Quando eu tiver caminhos a seguir
Que me dirija a opção melhor
É tão decente saber que estais ai
Escolhendo... escolhendo

Tá faltando coisas em casa
Tenho jornal, mas não tenho notícia de pai
Tenho televisão, mas não quero assistir
Tenho uma decisão pregada em cada parede
Rolo pelo chão ou pela montanha esquecida
Isso é carvão ou isso é diamante?

Tá faltando o que fazer
Pelejo com algo - tentando aprender
Vou e volto, pelo mau cheiro da rua
Papo com seu alberto na praia do esgoto aberto
Lírios do campo por uma hora em seguida
Manga espada, lembranças e intervalo

E essa vizinha que não grita sem me assustar
Treme a pista, derruba pó do ar
É com sua filha – é com seu afiliado
Até o cara da coelba passa de lado
Tem língua peçonhenta em todo lugar
Tanto olho mal dito vou-me embora tomar chá

Tá faltando coisas em casa
Alguns aliados – não me convêm explicar

Peço a ti quando então for cobrado
Por quem, não devo um centavo
Que diga... que ando aqui em favor
Numa rua com ou sem amor
Que diga... que espreito com vontade
A sorte da cancela renovada
Tem um aviso naquela placa solta
Espero que você veja...

Dizeres rililim, “gaitadas” na trilha
Uma farra sem motivo, sem medo de nada
Ascende algo ai que não estou vendo nada
Michele, bruno e eu vem vindo
Junto com um milhão de estrelas
Apagou uma que vi
Galho quebrado da geada
Seu cadarço desamarrou, depois do espanto na curva
Fiquem quietos, por favor, porque é ruim perder a viagem
Olá o cara da entrada que diz tudo sem cobrar nada
Ei... ! conte-nos, por favor, sobre o dia e a noite
Tranquilize nossa volta e o que falta enfrentar

Nem acredito que fechou os olhos
Ou até mesmo que deixou se ensurdecer
Ou que se esforçou pra não andar
Sentem ai que vou contar que:

12 esquadras daqui mora um cara estranho
Que quase não dorme - que importa!
Na janela seu vulto e um som de alaúde
Rasgam a noite - que importa!
Do silêncio regente “amparador” do que invade casas
Abana o seu rabo em sua vítima
Na tentativa de iludir a esconder o que sobrou
Da difusão feita em “veritas”
Isso espalhou, espalha e espalhará
É derrubado, faz o contorno e volta rápido
10 átrios de ignaro dar briga para estar dentro!
Levanta e livre o teu filho!!!
A maior das esmolas sempre vem de tartaruga
Vai a noite avançada - que importa!
Vamos interromper!