Sombreiro quebrado, tapeado pra cima Parece obra prima "co´as aba intanguida" Dois ferros calçados, um igual ao outro E as botas de potro aquebrantando a vida Apegos e ânsias, estâncias e rumos A sorte um consumo que vem sem sinuelo Pra um homem de guerra que a um sonho se agarra Baguais e guitarras são fletes de um mesmo pêlo Estampa surrada, judiada do tranco D´um baio lonanco, veiaco e malino A alma um palanque cravado bem fundo Escorando o que o mundo chama de destino Vos falo de um xucro e retruco aos demais Que entre baguais anda solto na poeira Um quebra parido num rancho barreado Sobre o chão sagrado da nossa fronteira Das domas e tropas, das grotas e sangas Bois mansos de canga e rodeios de cria São coisas que o guasca templou com as esporas Bombeando as auroras e as barras do dia Com a pátria nos tentos e o vento na fronte O tempo é um reponte que aos poucos consome O corpo de um taura que um santo benzeu Pra ser menos que Deus, porém mais do que um homem!