César Oliveira e Rogério Melo

Quando se Agranda um Fronteiro

César Oliveira e Rogério Melo


Tom: C

Intro: C G C G C F C G C

  C
Quando se agranda um fronteiro de peito aberto
                                    G
quebrando a gritos a calma da madrugada
o mundo velho parece que vem abaixo
                                C
no rebuliço do bate-casco da eguada
            Am
Treme o potreiro na volta da recolhida
                                        G
mangueira a dentro entra roncando a tropilha
          (Am)                     (G)
trocando orelha, parelha de peito e anca
                                          C    (C7)
alma de estância pras garra que te enforquilha   (2x)

( F C G C )

         C
Forma cavalo, vira a frente, cai pegada
                                        G
Quem não se amarra com as pobreza se judia
Pra tirá um naco da lua numa trompada
                                        C
Ou corta o rastro do sol ao clarear do dia
             Am
Sou peão campeiro da estância do Batovi
                                 G
E lida bruta é como um verso se rima
          (Am)                     (G)
Mas tendo lombo e boca pra socá o freio
                                      C   (C7)
Marca de taça quando não vai cai por cima   (2x)

( F C G C )

          C
Tenho de sobra destreza e força no braço
                                        G
Venho empurrando a estouro e a cabo de mango
O meu destino que é mescla de vento e terra
                                  C
Marcada a casco de charoles e poleando
          Am
Erguendo sonhos e esperanças pela cola
                                     G
Porque as volteadas da vida são desaforos
       (Am)                       (G)
Das caravoltas e das manhas deste ofício
                                         C    (C7)
Que pouco a pouco vão costeando o índio touro   (2x)

( F C G C )

         C
Sigo adelante repontando a mala suerte
                                          G
Campeando anseios que se alçaram campo a fora
Porque o campeiro que conhece a volta braba
                                        C
Sabe que um taura morre de pé mas não chora
             Am
Sou peão campeiro da estância do Batovi
                                     G
Deus me proteja do entrevero das bolcadas
           (Am)                         (G)
Pois não to livre de me perde e deixar o eco
                                     C   (C7)
De um grito triste sem rumo na madrugada   (3x)

( F C G C )