O pequeno ventre que gerou-me a vida Trazia nos verdes olhos a querência Que nos foi dada pra viver um dia E amar pra sempre largas sesmarias Usei maneias e bocais de doma Esporas grandes que cortaram potros Mas sinto medo de ideias novas Que se moldaram no pensar dos outros Cabeças leves que se abrandam logo Sem ser preciso um tirão maior São presas fáceis que não mais gavionam E cabresteadas sentem-se melhor Tirei das chuvas seus cavalos mansos Me abram cancha porque sou assim Sou marca e tarca, sou sinal dos tempos Trago a querência enraizada em mim