Eu sou a areia que um dia Inundou o saara Sou tanto que a sua ampulheta Não me encara Ainda bem pois eu não aprendi A viver confinado E sempre eu quero mais Do que o espaço que me é destinado Prá criar coisas mais reais E vagar pela extensão desconhecida Dos mistérios siderais E toda criação pode ser filha da liberdade Ou da transpiração de um viver de verdade Eu sou a fantasia real Dos pequenos sonhadores Eu sou a inocência dos ingênuos E a astúcia dos buscadores E possuo um poder invisível, Criador, ancestral O mesmo que esteve o tempo todo com você Beba-se, mostre o seu potencial Pra criar coisas bem reais E vagar pela extensão desconhecida dos mistérios siderais E toda criação pode ser filha da liberdade Ou da transpiração de um viver de verdade