Tem gente que vai à feira Tem gente que volta do bar Gente na missa da padroeira Gente na beira do mar Cada um faça o que queira (cada um) Quem quiser que faça igual (faça igual) Vivo da minha maneira Não mudo de jeito algum Cada um é cada qual (cada qual) O que fala mal dos outros Não ouço e, disso, me gabo Eu abro um sorriso maroto E aponto pra ponta do rabo Rasgado que fala do roto O roto que fala do desfiado Comigo na sala eu olho torto Pro mala e me mando pro outro lado Tem gente que vai à feira Quem se leva muito à sério Nesse lero-lero se entreva Se apega em razão e critério E um dia seu galho se quebra Vê que a vida é meio a meio Assim dividida: Passeio e trabalho E que tomou sol de veraneio No seio do trampo diário Tem gente que vai à feira Quem repara na feiura Quer cura pra própria cara Se ampara na sua grossura Destila amargura e não sara Tem tara por descompostura Dá dura e não é uma mas várias Comigo na área eu fico uma fúria Lugar de secura é no Saara Tem gente que vai à feira