VINTE ANOS (Vicente Barreto e Celso Viáfora) Eu, o desclassificado, o marginal pivô de tantas brigas de casal me pego dentro de um supermercado feliz comprando a ceia de Natal Nós, marcados pra morrer de traição um mês depois do fogo da paixão fizemos vinte anos de casados ainda iluminados de emoção Dizer pra nossa filha então o quê quando ela vem contar que quer sair para tentar viver o grande amor? Gritar que as paixões são perigosas e que a vida é mentirosa pra quem não sabe o que dor? Que todo coração é um fingidor? Que é mentiroso todo o grande amor? Se a chance que ela quer é a que nos demos como vou dizer não? Não. Fiz um sinal que estava tudo OK Levei minha menina até o portão Juramos que jamais nos perderemos Deixei que ela partisse e, então, chorei