[Enredo: Quilombo Urbano da Resistência Negra!] Cazuá de toda resistência Onde a arte é consciência Poesia mora lá, é lá Templo ou palácio, um terreiro De quem já nasceu herdeiro De olorum e oxalá Já morou no lins até sair Pra fincar no andaraí Sua sede, sua sede, a matriz Não se amedrontou com a ditadura Todo aquele que emoldura Em seu peito a flor de liz Beleza negra Onde a raça se congraça Onde a voz não tem mordaça E impõe o seu valor Orgulho negro É a cura na cabaça O quilombo que te abraça Ante a força do opressor Tornado que risca o chão em cada passo Aquele negro apessoado A estrutura fez tremer Ao soul grand prix no tom do disco Na barão de são francisco Fez acontecer Palmas pra Orfeu, anjo musical E sem preconceito, o grande festival Brilha no sagrado e no profano Este meu quilombo urbano De Dandara e zumbi Bamba coração libertador Samba do trabalhador Peço licença a tia Nanci Avante povo preto A luta é a certeza, retinta realeza O morro desce, jamais se ausenta Sou flor da mina exaltando o Renascença