É fevereiro na Baixada Fluminense E o que eu preciso é ir morar em uma geladeira E logo cedo um sol enorme me arrebenta o ar E mil volteios dá até me acordar em minha esteira Mil cigarras antes suicidarem Riem que eu vá trabalhar nessa segunda-feira Quando o que eu precisava mesmo era ficar quieto Sem me movimentar, por exemplo embaixo desta amendoeira Até a estação quem sabe eu vá considerar Que o mundo não vai se acabar Porque essa indisposição não é assim Tão costumeira... E que o povo do lado de lá Encostado na água do mar Nem aí pra insolação, vai é pra areia (2x) Porque o eletro pode um pouco aliviar Eu trato de me acalmar, me aquietar Mesmo porque na condução lembro não ter Eira nem beira... E se nada comigo vai bem, tudo bem Eu tenho peito pra encarar E Deus queira ou não ajudar A vida segue, eu sigo a vida qual maneira