Lá no meu sertão, Bem distante, Todos os dias de manhã, Ouve-se o canto da Jaçanã. É um cantar apaixonado, Ela canta de olhos fechados, É o seu murmurio entoado. Quando à tardinha o sol vai morrendo, Quando está escurecendo, Ela encerra o seu cantar. Solta aqui os maus escuios, São protestos em murmurios, São sentimentos de tristeza e dor. Há uma lenda no meu sertão, Que o canto da Jaçanã, Traz saudades e paixão. Quando eu ouço aquele refrão, Os meus olhos choram de emoção,