É nesse inferno que você mesmo criou que eu te espero Onde o que somos se tornou uma maldição E quando tu me perguntar se algo sobrou, serei sincero Não sobrou nada E eu vou sujar todas as ruas que passamos Vou destruir cada lembrança que criamos Em tua paranoia viverei milhões de anos Dentro de ti, serei eterno Em cada dose, em cada trago, em cada teco Em todo orgasmo ou em qualquer afeto Quanto mais nossos copos estão se distanciando As nossas almas viram um deserto Falo de amor e finjo que to delirando Te escrevo um verso com outra mina me chupando Cê fala em amor eu digo: Cê ta delirando E enlouqueci mas não mudei meus planos Naquelas noites de auto-destruição Nas nossas noites de auto-destruição Em todas as noites de auto-destruição Não criei asas em vão, baby Não criei asas em vão