Passa pro banco de trás, eu dirijo Vou te mostrar as coisas belas As mazelas, as cautelas Cuidados básicos pra sobreviver Em um País onde o maior dos cristos é de pedra Sem segurança no meio da violência Acreditando em um só Deus Numa cidade mística Fechem os olhos, não dê dinheiro Não dê conselho, ele é suspeito Fechem os vidros, não dê chiclete Têm canivete, ele é um pivete Estou no banco do transporte coletivo urbano Vendo vales negociando por baixo do pano Talão de cheque da miséria avalizado pelo Estado Compra pinga, pão, cerveja, leite e cigarro Cada vez mais Sonhar torna-se realidade A personalidade compromete E eu já não tenho mais vaidade Fechem os olhos, não dê dinheiro Não dê conselho, ele é suspeito Fechem os vidros, não dê chiclete Têm canivete, ele é um pivete A diferença entre os bandidos É a credencial Imunidade pra político E pro pobre deseducação penal Imunidade pra político Imunidade pra político Imunidade pra político E pro pobre deseducação penal Pobre deseducação penal Pobre deseducação penal Pobre deseducação penal