Cimentados, os rios correm Por debaixo de seus pés Minam por sua parede E estragam Aquele quadro Da família reunida O reboco, a reforma Investir foi desperdício Não dá mais pra represar Não dá mais, não dá mais Canteirada a raiz cresce E escolhe o próprio quintal Destrói todo o azulejo Importado Que foi tão caro A folhagem na calçada Insetos vivos e flores mortas Os vizinhos acham lindo Mas sempre da porta pra fora Não dá mais Sem previsão, tomou conta