Vinte anos faz que deixei meu lar Na mais cruciante dor da falsidade A dor foi tão cruel Que fiz um papel de um homem covarde Deixei o meu filho tão pequeno ainda Saí como louco pelo mundo Sinto lágrimas descer Por algum dizer que sou um vagabundo Uma certa noite eu estava bebendo Lamentando a sorte a vida que passa Um moço que ouvia se fez meu amigo Pra beber comigo pediu uma taça Dizendo seu nome, mostrou-me um retrato Apesar dos anos lembrei no passado Aquele que estava junto a minha mesa Era com certeza meu filho adorado Contou-me sua vida com muita tristeza Que seu pai com eles não morava mais Quero que ele volte, mamãe ainda vive Eu juro que tive pena do rapaz Sabes quem eu sou? Assim respondi Se quer minha benção aqui estarei Eu sou o seu pai, és meu filho querido Mas com sua mãe não reconciliarei