Eu conheço um cantador Que canta, mas não inventa Também tem compositor Que faz e não apresenta Os fãs que me consideram Diz que eu sou pedra noventa Porque faço melodia Canto com a voz macia Escrevo minhas poesia E a moringa não esquenta Esta viola de pinho É a minha ferramenta Com ela eu ganho dinheiro E o pão que me alimenta Há mais de quarenta anos Que viola me sustenta Com este pinho no peito Eu enfrento os preconceitos A inveja e o despeito Da violeirada ciumenta Eu não uso aparelhagem Nem guitarra barulhenta Como fazem muitas duplas Na hora que se apresenta No lugar que eu estou cantando A plateia fica atenta Minha modas são pesadas Nosso show não desagrada Só moda selecionada Sem piada e sem pimenta Ao longo desta jornada Minha luta foi violenta As glórias que eu alcancei O povo ainda comenta O que eu fizer pra frente é lucro Logo a gente se aposenta A missão está cumprida E as finanças garantidas Vou pela estrada da vida Caminhando em marcha lenta