hoje a lua desceu à sarjeta entre camisas de vênus e andróides e serviram na profana ceia a orelha de van gogh em escadarias de spray e mijo uma criança agora nasce e o aço frio dos assassinos é só mais uma possibilidade pederastas fedendo a ouro despertam saqueados em cada rosto um somidouro de afagos e de escarros alguém joga uma moeda na escuridão do cego desdentado o asfalto engole sem trégua o sangue dos atropelados no maletta, uma bar final papelotes passam frente generosas doses de caos amparam pálidos sobreviventes refrigerados junto ao pesadelo réus confessos e vítimas entalhando em segredo a busca que não cicatriza uma noite qualquer uma noite qualquer