amor, essa palavra-entranha que se aloja e faz cair a máscara estação que me incendeia as asas veste de riso o sangue das chagas se me alcança essa beleza amarga o vinho arranha as grades da alma se me alcança essa beleza amarga morro de novo pela madrugada são sobras e restos vestígios de alguém que ontem eu amei que ontem eu inventei e minha dor despedaça as vidraças e de mim se esquiva a hora delicada e lá, onde as flores estão adiadas nossas sombras seguem de mãos dadas mas se me elejo em tudo o que te lembra sem morada pronuncio a sentença: na memória do corpo eu te esqueça e de novo eu me pertença são sobras e restos vestígios de alguém que ontem eu amei que ontem eu inventei