Um bando de gaivotas maneirinhas Voando em voos francos por entre o mar e os céus Agitam suas asas tão branquinhas Lembrando lenços brancos a dizerem adeus E sempre por capricho original Essas gaivotas vão até ao fim da rota E hora a hora no mastro real Sem luta, sem questão, descansa uma gaivota Gaivotas, mensageiras sem ter par Que levam de Lisboa saudades p'ra além mar Gaivotas que voando sempre à toa Nos trazem de além-mar, saudades para Lisboa Voando sem cansaço, sem fadiga Acompanhando as naves lá vão cumprindo a lida Nos velhos marinheiros há quem diga Que essas mesmas aves regressam à partida Por isso as gaivotas maneirinhas Voando em voos francos por entre o mar e os céus Lembram com as asas tão branquinhas Um mar de lenços brancos a dizerem adeus