Vinha Baltar se aumentando Um florão de Colorado Um tigre de queixo atado Estampa, marca e função Pala torcido na mão Das cores do seu estado De surrar uco aporreado Das canchas de um chapadão Uma saudade matreira Negaceando um faz de conta Estrelas de sete pontas Calçadas nas garroneiras Um semblante de fronteira Debaixo de um chapéu negro A vida sobre um pelego E a sorte nas estribeiras Don saudando um peão de estância Peão das tropas peão das domas Guardando o suor das caronas Pra salgar antigas ânsias Sorvendo o chão das distâncias A cascos de bons cavalos Forjando o canto de galos Pra perpetuar ressonâncias Estampa xucra do pago Na pátria do campo aberto Onde o horizonte é mais perto E o pampa se estende largo Alma grande sem embargo De um coração amigaço Sempre pronto pra um abraço Entre um pito e um mate amargo Campeia o rumo dos ventos Num olhar de gavião mouro Tronqueira pechando touro O mundo velho rural Pelo jeito do bagual Já se conheço o domeiro Meus respeitos de campeiro Pra quem sabe atar um bocal