Num galho de pitangueira Falquejado pra ocasião Minhas rédeas penduradas São enfeites do galpão Entre um mate pura-folha Assim me ponho a pensar Meus olhos ficam molhados Com as coisas do lugar (Saudade do meu cavalo Nas manhãs quando encilhava Um pingo que relinchava De contraponto com os galos) Numa escramuça estancieira Das quatro patas do mouro Eu apartava num estouro A zebuada matreira Mas numa noite invernal Que se abateu por desgosto O céu cobriu-se de agosto Com geadas no chircal (Onde estará meu cavalo? Talvez em outra fronteira Que um deus de vida campeira Mandou buscar pra montá-lo) (Saudade do meu cavalo Nas manhãs quando encilhava Um pingo que relinchava De contraponto com os galos)