A voz que vem das ruas A voz que vem das ruas (A voz que vem das ruas) (A voz que vem das ruas) A voz que vem das ruas A voz que vem das ruas (A voz que vem das ruas) (A voz que vem das ruas) Bom dia pra nós, que lindo céu azul O céu nasce na leste e clareia até a sul Por baixo das Brasilit, barraco de madeirite Janelas abertas de frente para o crime As ruas me atrai, conheço minha raiz Bem-vindo do gueto, eu sei, tô disso, aí, tio Da matéria prima fui tirado pra vencer Sou homem mortal sujeito a morrer Ninguém é mais que ninguém, pode arquivar a frase Aqui a lealdade esmaga os covardes Nego Mola pelo rap bem longe da emoção No espelho, no fundão, uma nova geração Vida cruel por aqui, antiga 63, contagem progressiva de 0 a 3 A mente dos moleques programada pra explodir O mundo vai chegando aqui bem perto do fim Fuzil FAL sem tripé na mão de uma criança Guardando o arsenal, na moral, sem infância O homem, a ganância só causou destruição Do Rio a SP, chegou já no Fundão Explosão, clarão, o céu, a noite já chegou Na fé, eu vou que vou no Deus que me criou Nós somos homens criados pra viver e depois morrer Como a erva que seca e não volta a florescer Nós somos homens e não máquinas inquebrável como aço Mas temos uma mente calculista nos barracos O braço que levanta o desvalido no asfalto As marcas pelas ruas, a cena foi de fuga Função pobre louco nas bombetas pelas ruas Zona leste, a febre, nem tudo tá azul O vento sopra aqui, sopra lá também na sul A voz que reivindica quem não é, logo amarela Na cena do debate quando o tempo fecha Devolve a camiseta, o rap é pra quem é 40 na estrada, o mundo não dá colher No olhar sei quem é No louca, a intenção No jeito, no andar, no falar, na expressão Então quando quiser, demorou e só chegar Antiga 63, ouve aí, é nós que tá A voz que vem das ruas A voz que vem das ruas Função, pobre loco Mostra o rosto sem os furas A voz que vem das ruas A voz que vem das ruas Função, pobre loco Mostra o rosto sem os furas A voz que vem das ruas A voz que vem das ruas Função, pobre loco Mostra o rosto sem os furas A voz que vem das ruas A voz que vem das ruas Função, pobre loco Mostra o rosto sem os furas Ter a paz, mas não a que a Globo vende A que te deixa de subalterno do aluno do Mackenzie Não a paz da detenta que dá luz algemada Nem do carro com quatro cabeças decapitadas Através do celular rico faz terrorismo digital Fazendo crer que é mimimi o massacre social Resultado: Não compartilhamos vídeo indicando livro Damos like na morte transmitida ao vivo Triste ver meu povo rezando pro farejador falhar Pra quando fugir da ronda com a CBR, a câmera não filmar Pra que o polícia à paisana no shopping não se envolva Enquanto estouram a vitrine pelos Bulova Enfia a frase bandido bom é bandido morto no seu cu Boy, cê sabe que não temos acesso ao conteúdo pro SISU Admita que só montaram siglas em cela Porque siglas como a USP sempre excluíram a favela Pêsames pra Chapecó, mas não pode ser ocultado Que todo dia o Brasil derruba um avião de favelados Que segue o processo de branqueamento de Dom Pedro Antes importando europeu, agora dizimando negro Presidente, vai se foder com seu drone Por que em vez tráfico, não mapeia o mapa da fome? Por que não pune violador da lei de execução penal Que prende suspeito em lixeira até a vaga prisional? Faça janta pra indenizar pela escravidão Pelo descendente com carregador caracol e farta munição Que fugiu da microcefalia inoculada por opressor Pra um dia ter que compra habeas corpus de desembargador No ritmo dos bens do político aumentam 300% Lanço a rima contra o sonho da carga de medicamento Sem a voz que vem das ruas ecoando no novo Vietnã Tinha o dobro invadindo o triplex de minigun A voz que vem das ruas A voz que vem das ruas Função, pobre loco Mostra o rosto sem os furas A voz que vem das ruas A voz que vem das ruas Função, pobre loco Mostra o rosto sem os furas A voz que vem das ruas A voz que vem das ruas Função, pobre loco Mostra o rosto sem os furas A voz que vem das ruas A voz que vem das ruas Função, pobre loco Mostra o rosto sem os furas